DOR DE CABEÇA- ATENÇÃO MULHERES
Dor de cabeça ou enxaqueca?
Da Redação01/10/2012
Levante a mão quem nunca teve seu humor alterado por uma dor daquelas, mesmo que passageira. Reconhecê-la é fácil. Difícil, em alguns casos, é detectar sua origem. Mas é possível, sim!
As dores de cabeça – ou cefaleias, como são chamadas pelos médicos – podem ser resultado de desequilíbrios menos ou mais graves do organismo: a ressaca que sucede uma noitada, otite, sinusite, aneurisma cerebral e até um tumor.
A enxaqueca, que pode aparecer repetidamente, nada mais é do que um dos muitos tipos de cefaleia. Seu diagnóstico, no entanto, nem sempre é tão simples, uma vez que não há o que os médicos chamam de marcadores laboratoriais para seu diagnóstico . “Especula-se que fatores genéticos possam determinar a enxaqueca, mas há também fatores ambientais externos e internos que podem deflagrá-la”, diz o médico Getúlio Daré Rabello, membro do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina.
Mulheres são mais afetadas
O doutor Rabello cita um estudo epidemiológico, feito nos Estados Unidos, das décadas de 1960 a 1990, tendo como resultado o aumento significativo do número de mulheres com enxaqueca ao longo do tempo, em comparação ao número de homens. Para o neurologista, este é um indício de que o estresse pode ser um dos gatilhos mais comuns da enxaqueca no mundo moderno. Com o avanço das conquistas femininas, nós passamos a enfrentar “dores de cabeça” antes exclusivas do sexo oposto: a necessidade de prover o lar e a competitividade no mercado de trabalho, por exemplo.
Para as mulheres, em particular, outros fatores próprios de sua natureza podem manifestar crises de enxaqueca: as variações hormonais. “É interessante notar que, quando grávidas, as vítimas de enxaqueca costumam melhorar, porque atravessam um período de estabilidade hormonal.
Ou seja, deixam de menstruar”, comenta o neurologista.
Embora a culpa colocada em alimentos e outras substâncias muitas vezes possa se encaixar na categoria dos mitos, é preciso prestar atenção aos seus hábitos. Se a ingestão de determinada guloseima costuma preceder crises repetidamente, é aconselhável evitá-la ou consumi-la com moderação. A cafeína presente no café, nos chás mate e preto, também pode ocasionar crises.
Mudança de estilo
Basicamente, é necessário controlar os principais fatores desencadeantes da enxaqueca, o que significa ter um estilo de vida disciplinado.
• Mantenha uma alimentação saudável e regular, não pule refeições.
• Tenha uma rotina de sono, procure deitar e despertar nos mesmos horários diariamente, inclusive nos finais de semana.
• Cumpra uma rotina de atividades físicas aeróbicas, com cerca de 45 minutos de exercícios diários.
• Aprenda a controlar o estresse e dar menor importância a problemas que você não pode solucionar, como o trânsito caótico. Em outras palavras, relaxe.
Sinal vermelho
Há casos em que a cefaleia pode indicar que algo mais grave está acontecendo em seu organismo. Caso apresente alguns dos sintomas abaixo, procure um médico de sua confiança.
• Se aparecer um tipo de dor incomum, que não existia antes (a pior dor de cabeça da vida).
• Mudança de características da dor, ou seja, se é diferente da que costumava acontecer.
• Quando as dores aumentam em frequência e intensidade.
• Dores de cabeça associadas a febre, alterações visuais, alterações motoras.
• Dores cujo foco está na face, e não no crânio.
• Crises que aparecem durante atividade física, tosse ou atividade sexual.
• Dores que surgem após os 50 anos, especialmente se a pessoa não sofreu constantemente com enxaquecas ao longo da vida.
• Cefaleia sistematicamente noturna, ou seja, que aparece durante o sono.
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