MARACUJÁ MAIS DE 520 ESPÉCIES.

Existem cerca de 520 espécies conhecidas de maracujazeiro. Elas crescem como trepadeiras, cipós ou arbustos nas florestas tropicais das Américas, mas predominam na Amazônia.
O Brasil abriga ao menos 150 espécies. A Colômbia, 170. São os centros de diversidade do maracujá.
Apesar de tamanha variedade, só duas espécies foram domesticadas e têm valor comercial, como alimento ou então nas indústrias de bebidas, cosméticos e farmacêutica.
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá e também o maior consumidor. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014 foram produzidas 823 mil toneladas, sendo que 75% da produção está concentrada no Nordeste.
A produção e a área plantada decuplicaram desde os anos 1980, graças aos melhoramentos genéticos feitos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Daí a importância de pesquisar e conservar a riquíssima diversidade do maracujá. Mas há um problema: à exceção das duas espécies domesticadas, todas as demais são selvagens e pouquíssimo estudadas. Suas propriedades são desconhecidas da ciência.
“É um desafio do ponto de vista da conservação. Não sabemos quase nada sobre a variabilidade genética da maioria das espécies de maracujá selvagem”, alerta a pesquisadora Anete Pereira de Souza, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Anete Pereira de Souza é a responsável pelo projeto “Variabilidade genética e molecular em acessos de maracujá (Passiflora spp.) comerciais e selvagens, visando conservação ex situ e melhoramento de plantas”, apoiado pela FAPESP.
Ela é coautora de um balanço do estado atual do conhecimento da conservação e diversidade genética do gênero Passiflora, publicado no livro Genetic Diversity and Erosion in .
O estudo foi desenvolvido em colaboração com pesquisadores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Embrapa Cerrados (DF) e Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA).
A maioria das espécies selvagens de maracujá floresce em florestas úmidas e quentes. “Este é o grande problema com as mudanças climáticas. Qualquer alteração hídrica ou da temperatura pode significar a perda de um grande número de espécies”, afirma Anete Pereira de Souza.
EXAME.ABRIL.COM.BR

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