TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA
Inspirado num amor real...
Querer todo o veneno do desejo. Todo o beijo que há. Toda vontade que nos pertence, pra se dar ao outro. Assim deve ser quando se ama. Quando se quer bem, mais do que a si mesmo.
Não se anular, mas se completar com a outra metade. Ser inteiro sendo dois. Um universo repartido, e ainda sim, feliz por ser o que é. Cumplicidade. Tudo se ajusta, na bagunça de tantos sentimentos.
Tudo é tão pouco, pois se quer mais. Há o medo de perder e a necessidade de se conquistar. Para sempre, ser eterno. Quando se ama, necessita-se da sede constante, da paixão esfomeada, daquilo que alimenta a alma.
Sem freios, sem limites de velocidade. O melhor é transbordar, deixar sair das fronteiras, multiplicar. O tempo é sagrado. A distância engrandece ou entristece, mas põe mais certezas no que já não vive sem o toque, sem o atrito da pele.
Quem dera houvesse padrões ou fórmulas, ou melhor, ainda bem que não há. Assim, desistimos da procura aprisionada e nos entregamos a aventura. Na hora certa, não haverá o erro da dúvida, e sim a felicidade do encontro.
Nesse instante, deitado no berço terno de um abraço, não sobrará rancor, tristeza ou solidão. Assim deve ser o amor. A cura. A revolução. As mãos macias e entrelaçadas revelando que já não tememos mais nada.
Corpo que se abre. Alma que se liberta. Lábios que se buscam. Suspiro que se revela. Coração acelerado. Pele em chamas. Suor que escorre. Delírio que inebria. Satisfação presente, doce proteção que acalenta. Confiança e saudade. Palavras soltas em parágrafos inspirados. Descoberta indecifrável. Enigma
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