A ALMA QUE FICOU
A ALMA QUE FICOU CONTIGO
No estonteante emaranhado
das doces palavras,
cruzadas no labirinto de um sentimento ousado
que nunca soubemos saborear,
entregaste-me o teu voluptuoso corpo
com suaves mistérios perfumado
para que eu me distraísse a o desvendar,
enquanto tu, serena e calma,
me esvaziavas o Ser
levando contigo a minha alma…
E na caligrafia das curvilíneas formas,
com os meus olhos vendados,
eu lia inexistentes poemas,
inebriava-me com os vazios esquemas rimáticos
e prendia-me a esses versos livres,
soltos, sem grilhetas nem amarras,
e declamava encantado uma poesia
que apenas eu sabia ler sem existir,
enquanto tu, divertida e infantil,
brincavas com os farrapos que ainda me restavam…
Sem dicionário nem um código certo,
eu abraçava-te como se me salvasse
tentando ser oásis do meu próprio deserto,
até que um dia o jogo te cansasse
e a alma a mim voltasse…
… e voltou, assim que, de novo, te fizeste ao mar
em busca de outro marinheiro para encantar
e eu ali fiquei, vendo-te aproar às vagas que te esperavam
em silêncio, no meu porto de abrigo,
marejando o olhar e sentindo a alma fugir contigo!
Autor: Vitor. C
Imagem: Internet
#Poesia #Sereias #Amor
No estonteante emaranhado
das doces palavras,
cruzadas no labirinto de um sentimento ousado
que nunca soubemos saborear,
entregaste-me o teu voluptuoso corpo
com suaves mistérios perfumado
para que eu me distraísse a o desvendar,
enquanto tu, serena e calma,
me esvaziavas o Ser
levando contigo a minha alma…
E na caligrafia das curvilíneas formas,
com os meus olhos vendados,
eu lia inexistentes poemas,
inebriava-me com os vazios esquemas rimáticos
e prendia-me a esses versos livres,
soltos, sem grilhetas nem amarras,
e declamava encantado uma poesia
que apenas eu sabia ler sem existir,
enquanto tu, divertida e infantil,
brincavas com os farrapos que ainda me restavam…
Sem dicionário nem um código certo,
eu abraçava-te como se me salvasse
tentando ser oásis do meu próprio deserto,
até que um dia o jogo te cansasse
e a alma a mim voltasse…
… e voltou, assim que, de novo, te fizeste ao mar
em busca de outro marinheiro para encantar
e eu ali fiquei, vendo-te aproar às vagas que te esperavam
em silêncio, no meu porto de abrigo,
marejando o olhar e sentindo a alma fugir contigo!
Autor: Vitor. C
Imagem: Internet
#Poesia #Sereias #Amor
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