FIQUEM ATENTOS AOS AZEITES
Três azeites adulterados em teste da PROTESTE
Além disso, outros quatro produtos dizem ser extravirgens, mas não são! Confira a avaliação completa das dezenove marcas testadas.
Nota: devido a uma decisão judicial, a PROTESTE foi obrigada a remover os resultados de uma das marcas deste teste. No entanto, já estamos tomando as providências cabíveis para você, consumidor, ter acesso a todas as informações desta avaliação
De dezenove marcas de azeite, três estão adicionados de outros óleos vegetais e seis não são o que dizem ser. Essa é a conclusão de nosso mais recente teste desse alimento, que continua a revelar problemas para o consumidor.
Os produtos que não podem ser considerado azeites são Pramesa, Figueira da Foz e Tradição. Eles foram eliminados do teste após nossa análise em laboratório comprovar adulteração.
Na prática, isso significa que ao azeite (proveniente da azeitona) foram adicionados outros óleos vegetais, o que não é permitido por lei. Dessa forma, ao adquirir um desses produtos, você e sua família vão consumir uma mistura de óleos longe de oferecer ao organismo as mesmas vantagens que o verdadeiro extravirgem é capaz de fornecer.
Parecem azeites, mas não são: fuja destas marcas
Infelizmente, esse não foi o único problema que encontramos. Pois além disso, seis marcas não podem ser classificadas como extravirgem. São elas: Qualitá, Beirão, Carrefour Discount, Filippo Berio, Figueira da Foz e Tradição.
Extravirgens? Só no rótulo.
As quatro primeiras foram consideradas virgens. As outras duas, que, como já mencionado, apresentaram fraude, possuem características sensoriais de azeite lampante, o qual nem poderia ser levado à mesa, devido a sua acidez intensa, só devendo ser destinado para uso industrial.
Com exceção dos eliminados, todos os produtos foram bem ou muito bem avaliados no quesito estado de conservação, o que indica que eles vêm sendo armazenados corretamente.
Quais são os tipos de azeite?
Campeão nas vantagens para a saúde, o extravirgem é ideal para a finalização de pratos e saladas. Já o virgem é mais apropriado para o preparo de alimentos quentes – como refogados e cozidos –, enquanto o lampante não deve ser consumido diretamente em sua casa.
Quando você compra um azeite adulterado, acaba comprando gato por lebre: paga o equivalente a um produto mais caro, mas leva outro para casa.
A alteração sensorial pode não ser percebida pelo consumidor leigo, é que, em algumas situações, o óleo de sementes bem refinado não tem cheiro ou sabor. Assim, quando misturado ao extravirgem, prevalecem o cheiro e o sabor do segundo, o que impede o óleo de ser detectado facilmente durante o consumo.
Cinco marcas mudaram para melhor
Frente a tantos problemas, uma excelente notícia: percebemos a melhora de algumas marcas. Em nosso último teste, La Española, Carbonell, Serrata, Gallo e Borges foram tidos como virgens. Desta vez, contudo, eles provaram ser extravirgens.
Rótulos e embalagens podem melhorar
Embora de vidro, a embalagem do Qualitá é transparente. Esse tipo de recipiente é inadequado. Para melhor conservação do produto, o ideal é que ele seja armazenado em embalagem preferencialmente de vidro escuro. Vale lembrar que, além desse problema, esse azeite foi apontado como virgem em nossa análise sensorial. Por isso, não aconselhamos sua compra.
No geral, os produtos se saíram bem em relação aos rótulos. No entanto, encontramos alguns problemas. A maioria deles não traz o prazo de conservação após a abertura da embalagem e alguns pecam quando o assunto é estreitar e facilitar a interação entre o consumidor e a empresa: falta e-mail e telefone para contato. Além disso, alguns itens obrigatórios por lei foram desconsiderados: o Cocinero deixa de informar a data de envase e nem todos os importados possuem o país de origem estampado na embalagem.
Qual é o melhor azeite?
O Cocinero foi escolhido como O Melhor do Teste e A Escolha Certa. Autêntico azeite extravirgem, apresentou qualidade excelente, além do melhor custo-benefício entre os produtos avaliados em nosso teste.
Porém, embora não tenha pecado no quesito estado de conservação, o fato de sua embalagem ser de plástico pode ser apontado como ponto negativo, pois garrafas de vidro escuro tendem a conservar melhor o alimento. O rótulo precisa de adequações, uma vez que não informa a data de envase do produto.
Você pode encontrar o azeite Cocinero por preços que variam entre R$ 10,15 e R$ 21,49.
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