PALMITO -EM EXTINÇÃO
Palmito: o consumo irresponsável e a
exploração ilegal e predatória tornou as palmáceas, em especial a juçara,
espécie ameaçada de extinção
- O Palmito é um alimento extraído do broto de palmáceas. Na Mata Atlântica, as palmeiras das quais se extrai o palmito desempenham um papel essencial para a manutenção do ecosistema. A mais famosa delas é a juçara (Euterpe edulis), devido à sua qualidade superior, ainda é intensamente explorada de forma ilegal e predatória desde o Rio Grande do Sul até o Espírito Santo e está ameaçada de extinção.
- O Palmito é um alimento extraído do broto de palmáceas. Na Mata Atlântica, as palmeiras das quais se extrai o palmito desempenham um papel essencial para a manutenção do ecosistema. A mais famosa delas é a juçara (Euterpe edulis), devido à sua qualidade superior, ainda é intensamente explorada de forma ilegal e predatória desde o Rio Grande do Sul até o Espírito Santo e está ameaçada de extinção.
A mata
atlântica era bastante rica nessa espécie. Entretanto, com a degradação desta
floresta nas últimas décadas, tivemos uma escassez bastante grande de palmito. A
partir dos anos 90, as leis ambientais, tornaram a exploração desta espécie
restrita a um manejo florestal.
A palmeira
juçara é uma das espécies-chave para o funcionamento do ecosistema. Muito mais
abundantes durante o ano e também muito mais saborosos e ricos em nutrientes do
que os de outras espécies, os frutos e sementes são importantes para a
sobrevivência de várias espécies de aves, roedores e até de macacos.
Esses animais, por sua vez, participam da dispersão das sementes de várias espécies de plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras juçara afeta em vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata Atlântica.
Intensamente derrubadas a partir do século 20 para delas ser
aproveitado somente um vigésimo de sua imponente estrutura. Hoje, a grande
floresta que se estendia ao longo do litoral tem menos de 8% da área que tinha
em 1500. A devastação do palmito acarretará o final da única área de reserva
ambiental da região do Vale do Paraíba, com conseqüências desastrosas para o
meio ambiente.
A
exploração predatória desse produto também traz graves riscos à saúde do
consumidor e, além disso, é uma atividade criminosa, que já causou mortes de
palmiteiros e de vigias. Hoje, bandos armados invadem reservas florestais,
roubam palmito e o embalam sem cuidados de higiene, ameaçam de morte familiares
dos vigias, impõem um código de silêncio às comunidades locais e resolvem
conflitos com muita violência.
Para evitar
serem surpreendidos pela polícia ou pela fiscalização com as longas hastes
recém-cortadas, os palmiteiros processam o palmito na própria floresta. O
produto é colocado em uma solução de água de córregos – muitas vezes contaminada
por processos naturais, como apodrecimento de folhas – com sal e conservantes.
Depois, ele é fervido em latões, na maioria das vezes enferrujados, colocado em
vidros, que podem, na própria floresta, receber rótulos obtidos ilegalmente. O
risco para o consumidor é o de contrair graves infecções, como o
botulismo.
Só no mês
de dezembro de 2.005, com a ajuda do Batalhão Florestal da Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro foram apreendidas 3 toneladas de palmito juçara, e
fechadas 2 indústrias clandestinas em Volta Redonda.
Uma das
reservas atingidas pela exploração predatória da palmeira juçara é o Parque
Nacional do Itatiaia.
FONTEWWWECOLNEWS.COM
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