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SAIBA MAIS SOBRE A RUSSIA

O Kremlin e a Praça Vermelha
por Jerry Camarillo Dunn Jr. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Com aproximadamente uma dúzia de palácios e igrejas, o Kremlin é um armazém vivo de oito séculos da história e cultura russa, isso sem mencionar o fato de ser um símbolo de seu poder. As muralhas do Kremlin - de quase 2,5 km de comprimento, com 19 metros de altura e 6,5 metros de grossura em alguns lugares - têm 20 torres e portões. Durante anos, o Kremlin foi uma fortaleza para os czares, centro de comando para o partido comunista e, atualmente, é a casa do presidente russo.
O Kremlin é uma caixa de jóias com palácios e catedrais, que reflete oito séculos da vida e história russa.
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Tendo como ponto mais alto o Campanário de Ivan, o Grande - que já foi o prédio mais alto de Moscou - o Kremlin é uma caixa de jóias com palácios e catedrais
Em russo, a palavra kreml significa "fortaleza", e muitas cidades russas têm seus próprios kremlins. O Kremlin de Moscou era, no começo, uma fortaleza de madeira, construída em 1156 por um príncipe que havia escolhido um lugar estratégico onde os rios Moscou e Neglinnaya se encontram.
Muitos dos palácios e catedrais - que parecem fazer parte da essência da Rússia, criando uma atmosfera de conto de fadas - começaram a ser construídos três séculos e meio mais tarde, quando Ivan III trouxe arquitetos da Itália. Esses designers estrangeiros unificaram os estilos russos e importaram as idéias renascentistas para criar a Catedral de Assunção, a Câmara das Facetas e as muralhas e torres de tijolos do Kremlin.

Em frente ao Kremlin de Moscou, a Catedral de Assunção é sua igreja principal. Os czares eram coroados embaixo de suas cúpulas de ouro. Pinturas cobrem as paredes, que primeiro foram douradas para dar a idéia de um manuscrito iluminado. Ícones sem preço, de tempos como o século 15, brilham na agradável luz. O trono de madeira de Ivan, o Terrível, de 1551, está guardado com todo seu elaborado e esculpido esplendor. O túmulo de cada líder da igreja russa até a era soviética está nas capelas.

Perto da catedral, ergue-se o campanário octagonal de Ivan, o Grande, com mais de 80 metros de altura (e que já foi a estrutura mais alta de Moscou). No campanário adjacente há 21 sinos, sendo que o maior deles sempre era tocado três vezes para anunciar a morte de um czar. Na parte exterior, numa base de granito, fica o Sino Czar, que, com 200 toneladas, é o maior sino do mundo, mesmo nunca tendo sido tocado. Um grande pedaço dele rachou quando um incêndio tomou conta da fundição e água fria foi jogada no sino de bronze, que, por sua vez, estava queimando.

O Arsenal agora é um museu (o Museu das Armas) que exibe não somente armas do Kremlin, mas também os grandes tesouros da Rússia. A riqueza incalculável acumulada por princesas e czares inclui, é claro, os ovos Fabergé, criados por Gustav Fabergé e seu filho para a família Romanov. Exuberantemente decorados e enfeitados, os ovos contêm surpresas como pássaros mecânicos que cantam, flores e até um pequeno trem trans-siberiano que, quando alguém dá corda, realmente se move.
Na Praça Vermelha fica a Catedral de São Basílio (1560) e o Mausoléu de Lenin, terminado em 1930.
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Na grande Praça Vermelha fica a Catedral de São Basílio (1560), cujas cúpulas em forma de cebola parecem dizer "Rússia," e o Mausoléu de Lenin

O Museu das Armas também exibe carruagens, roupas e jóias, incluindo a carruagem dourada de verão de Catarina, a Grande, o vestido elaboradamente bordado que ela usou em sua coroação e seu cetro, com um diamante Orlov de 190 quilates na ponta. O diamante foi um presente de seu amante, o Conde Orlov, e originalmente retirado do olho de um ídolo de um templo indiano.
Entre os tronos - feitos de marfim esculpido, decorados com pedras preciosas e todas as maravilhas possíveis - está o de Pedro, o Grande, que inclui um compartimento secreto em que sua meio-irmã se escondia para murmurar conselhos sobre os assuntos do estado.

O Kremlin é, por si só, uma coleção de classes, englobando vários palácios. O Palácio Terem parece ter sido tirado de um conto de fadas: uma construção maravilhosa, com o teto pintado de vermelho e branco, com 11 cúpulas douradas em formato de cebola. Ele foi construído entre 1635 e 1636 para o czar Mikhail Romanov, em cujo quarto real apenas ele, sua mulher e seus contadores de histórias cegos podiam entrar. A Câmara das Facetas, de estilo renascentista, nomeada por causa do trabalho em pedra de sua fachada, tem um hall abobadado que já foi usado como a sala de trono e sala de banquetes dos czares.

Ambos os palácios eram integrados ao colossal Palácio do Grande Kremlin. Encomendado pelo czar Nicolau I em 1837, ele tem 700 salas e enormes halls cerimoniais. As paredes do Hall de São Jorge brilham com os nomes de militares inscritos em ouro, ao passo que seus seis candelabros brilham com 3 mil lâmpadas.
No hall são realizadas recepções diplomáticas e cerimônias solenes; em 1961, o astronauta Yury Gagarin recebeu ali o prêmio "Golden Star Hero". Em 1994, a Rainha Elizabeth II da Inglaterra se encontrou com o presidente Boris Yeltsin em outra sala impressionante: pintada em creme e ouro, ela foi a sala do trono de Catarina, a Grande.

Se o Kremlin representa o lado privado e oculto do poder russo, a Praça Vermelha, imediatamente a leste do Kremlin, é seu lado público. Datado do final do século 15, a Praça foi construída logo depois da finalização das paredes do Kremlin e os dois foram unidos na imaginação popular desde então.
A Krasnaya Ploshchad, como é chamada em russo, foi originalmente separada do Kremlin por um canal, pavimentado em 1812. Ela fez mais do que compartilhar comemorações e protestos, mas atualmente, pode ser lembrada como o lugar das passeatas do Primeiro de Maio Soviético ou do Dia da Revolução de Outubro, quando a liderança de pedra soviética revisou suas ferramentas militares mais utilizadas. A história russa continua a passar por variações e disputas envolvendo os palácios, catedrais e cúpulas douradas do Kremlin.

Na extremidade sul da Praça fica a Catedral de São Basílio, construída em meados do século 16. Suas cúpulas coloridas fazem um alegre contraste com o cinzento e frio inverno de Moscou. O mausoléu de Lênin, construído para guardar os restos mortais do revolucionário Vladimir I. Lênin, fica adjacente às muralhas do Kremlin. As grandes filas de observadores que esperavam para ver os restos mortais do líder soviético desapareceram desde a queda da União Soviética, mas sempre há alguns curiosos fazendo fila na entrada.

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