OS LUGARES MAIS FANTÁSTICOS DO BRASIL


Os lugares mais fantásticos do Brasil

O “mulato inzoneiro” esconde muitas surpresas. Conheça alguns dos lugares mais fantásticos do Brasil.


Praia, campo ou montanha? Em geral, estes são os roteiros para quem pretende viajar nas férias ou em feriados prolongado no Brasil. O litoral é o destino preferido – nada mais natural, para um país com 7,4 mil quilômetros de praias voltadas para o Atlântico tropical e subtropical.
No entanto, o país oferece muitos outros locais – alguns deles são mais conhecidos por estrangeiros, ávidos pelas belezas naturais do país. Para turistas urbanos, sempre é possível conhecer algumas maravilhas, como São Paulo, Curitiba ou belezas como a Tijuca ou a Lapa, no Rio de Janeiro.
Porém, outras belezas esperam os visitantes: na verdade, muitos podem dizer que são os lugares mais fantásticos do Brasil. Esta é apenas uma pequena relação dos tesouros brasileiros.

A Rota das Emoções

Os Lençóis maranhenses se estendem por três Estados brasileiros: Ceará, Piauí e Maranhão. A Rota das Emoções é um complexo turístico que compreende as praias de Jericoacoara e Camocim (CE), Cajueiro da Praia, Luís Correa, Ilha Grande e Parnaíba (as quatro cidade do litoral do Piauí), o delta do rio Parnaíba e a praia dos Lençóis Maranhenses. Trata-se de um parque nacional.
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (criado em 1981), porém, é um espetáculo à parte. Ele se parece com um grande deserto (como se fosse o Saara), mas todo pontilhado por lagoas e piscinas naturais. O território abrange Barreirinhas, Humberto de Campos, Paulino Neves, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão e Tutoia.
As lagoas dos Lençóis Maranhenses ficam mais cheias no primeiro semestre, época das cheias nas cabeceiras dos rios que alimentam a região. Para se hospedar, há hotéis, apart-hotéis, pousadas, e hostels.
 Uma lagoa entre dunas nos Lençóis Maranhenses.
Uma lagoa entre dunas nos Lençóis Maranhenses.

Em alto mar

A 1.167 quilômetros da costa do Espírito Santo (e a 2.400 quilômetros da África), Trindade e Martim Vaz é uma visão do paraíso: a natureza é virgem, espécies endêmicas ainda sobrevivem, tartarugas marinhas são preservadas e poucas pessoas conseguem chegar.
Considerando o Sol nascente, é em Trindade e Martim Vaz que o Brasil começa. O arquipélago, com área de 9,2 quilômetros quadrados (equivalente à metade do território de Fernando de Noronha) faz parte de uma cordilheira subterrânea que se estende da América até a África.
Mesmo tão pequenas, as ilhas têm muitas atrações. São 28 praias (a maioria com solo de pedras e muitos recifes em volta). Cada enseada possui uma característica diferente: são montanhas, vegetação rasteira, piscinas naturais, solos de terra vermelha, túneis escavados pela água e grandes rochedos que se precipitam mar adentro.
Vista aérea da ilha de Trindade.
Vista aérea da ilha de Trindade.

Brincando de ser Neil Armstrong

O vale da Lua é um conjunto de rochas em Goiás, delicadamente esculpido pelas águas. Fica na chapada dos Veadeiros (uma unidade de preservação nacional) e é um passeio imperdível. O parque fica entre Cavalcante e Alto Paraíso de Goiás (onde fica o vale).
As imagens do vale da Lua, as aflorações abundantes de quartzo (uma concentração de energia cósmica) e o fato de a região ser cortada pelo paralelo 14 S, o mesmo que cruza Machu Picchu, no peru, a capital do Império Inca.
O rio São Miguel, cheio de meandros, é o responsável pelos recortes do vale da Lua. É mais uma referência mística: São Miguel é o arcanjo que derrotou Lúcifer, em sua batalha pelo céu. Na verdade, o rio provocou crateras, escavadas com o atrito, especialmente nos locais de fortes corredeiras, que formam funis e redemoinhos. É um espetáculo imperdível.
 A entrada do vale da Lua.
A entrada do vale da Lua.

Tríplice fronteira

O monte Roraima, na serra de Pacaraima, fica na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Trata-se de um tepui, uma montanha em formato de mesa. O platô – o alto da montanha – apresenta biodiversidade totalmente diferente da floresta tropical, com muitos anfíbios e répteis.
Este fato inspirou Arthur Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes) a escrever “O Mundo Perdido” (“The Lost World”). O livro conta a história de um professor aventureiro que descobre um planalto isolado, onde vivem dinossauros e outras criaturas extintas. O texto também descreve uma disputa entre índios e homens-macaco.
Um tepui é um tipo bastante abrupto de meseta, com paredes verticais e topo plano, composto de quartzo e arenito, com leitos de ardósia. É típico do Escudo das Guianas, um terreno cristalino de forma circular entre o oceano Atlântico e a planície Amazônica. Foi formado no Período Pré-Cambriano e é uma das estruturas mais recentes da América. A vegetação é típica do cerrado, contrastando com a densa floresta Amazônica.
Não é possível chegar ao monte Roraima saindo por via terrestre do Brasil. É preciso viajar até a Venezuela. O monte está sempre envolvido em nuvens. O desenvolvimento do turismo na região tem atraído muitos trekkers, graças às condições relativamente fáceis de escalada.
Vista do monte Roraima a partir da Venezuela.
Vista do monte Roraima a partir da Venezuela.

Um deserto ou um oásis?

O Parque Estadual do Jalapão é um lugar incrível. Ele é tido como um deserto, em função da quase total ausência de moradores, mas está mais para um oásis, com os riachos de água cristalina, cachoeiras e muitas nascentes – os fervedouros.
O Jalapão fica no Tocantins e, em 2008, foi palco de um reality show: ”Survivor Tocantins”, da CBS, uma das principais emissoras de rádio e TV dos EUA. A região produz capim dourado e seda de buriti, uma das palmeiras características da mata dos Cocais, vegetação de transição entre a Amazônia e a Caatinga.
O Jalapão realmente é um deserto, mas pontilhado por centenas de oásis, em sua área de 34 mil quilômetros quadrados (maior do que o Estado de Sergipe), que abrange os municípios de São Félix do Tocantins, Ponte Alta, Lizarda, Rio Sono, Novo Acordo, Santa Teresa, Lagoa da Conceição e Rio da Conceição.
A cachoeira da Formiga, no Jalapão.
A cachoeira da Formiga, no Jalapão.

Voltando à praia

Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, reúne 365 ilhas, uma para cada dia do ano. Algumas delas são o paraíso particular de celebridades, como o apresentador Gugu Liberato, o médico Ivo Pitanguy é o jogador de futebol Ronaldo Fenômeno. A maior das ilhas é a ilha Grande, que reúne mata Atlântica, manguezais e restinga.
A cidade, vizinha a Mangaratiba, Paraty e Rio Claro, começou a ser colonizada em 1556. A Festa do Divino, uma das maiores celebrações do Catolicismo popular, com mais de sete séculos de existência, em honra ao Espírito Santo, é o ponto alto do calendário de Angra dos Reis.
Em maio ou junho (a festa é móvel, celebrada sete semanas depois da Páscoa).
Angra dos Reis fica superlotada de iates e lanchas na alta temporada. A vida marinha faz do local um dos principais pontos de mergulho do país, com uma profusão de tartarugas, moreias, crustáceos, moluscos e muitos peixes, além de barcos naufragados. Para quem prefere “sombra e água fresca”, uma boa opção é a praia do Dentista.
Em terra firme, o centro histórico, com casario colonial, conventos e igrejas, é um bom atrativo. Os restaurantes e bares da Vila do Frade, um bairro turístico, merecem uma visita, não apenas pelos pratos, mas também pelo panorama.
O entardecer de Angra dos Reis e o mirante do Bananal, um dos cartões postais da cidade.
O entardecer de Angra dos Reis e o mirante do Bananal, um dos cartões postais da cidade.
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No ventre da terra

A gruta foi descoberta em 1825, pelo português Joaquim Maria do Maquiné. Para os espeleólogos (especialistas em cavernas e grutas), a gruta do Maquiné é uma das mais bonitas do mundo. Fica em Cordisburgo (MG), terra natal do escritor João Guimarães Rosa, a 120 quilômetros do “Belíssimo Horizonte”.
A gruta do Maquiné é o berço da paleontologia brasileira. Possui sete salões, que foram estudados por Peter Lund, um zoólogo dinamarquês que explorava o rio das Velhas, o maior afluente (em extensão) do rio São Francisco. O cientista europeu encontrou restos humanos e de animais, inclusive de aves com mais de três metros de envergadura.
gruta do Maquiné
Os salões da gruta do Maquiné provocam a imaginação do turista. Nos salões do Elefante e do Urso, estruturas geológicas lembram o cogumelo formado pelas explosões das bombas atômicas que vitimaram o Japão na Segunda Guerra Mundial. A galeria das Fadas exibe cristais brilhantes semelhantes a franjas, lustres e grinaldas.

Água grande

É isto que significa Iguaçu em tupi-guarani: água grande. As cataratas do Iguaçutambém ficam em uma tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Formadas pelo rio Iguaçu, 18 quilômetros antes de as águas se juntarem ao Paraná, as cataratas caem de alturas de até 80 metros, estendendo-se por uma largura de quase 2.800 metros.
O Parque Nacional do Iguaçu foi fundado em 1939, e considerado patrimônio natural da humanidade em 1986. São 250 mil hectares de floresta subtropical. São 275 cachoeiras nos 2,7 quilômetros do rio Iguaçu (a maior parte delas – dois terços – fica em território argentino).
Uma curiosidade: ao avistar as quedas de Iguaçu, a ex-primeira dama dos EUA Eleanor Roosevelt teria exclamado: “pobre Niágara”, uma alusão às famosas cachoeiras da divisa entre os EUA e o Canadá. A vazão máxima de Iguaçu é de 46 mil metros cúbicos por segundo. A vazão máxima gravada de Niágara é de apenas 2.400 metros por segundo.
Vista aérea das cataratas do Iguaçu.
Vista aérea das cataratas do Iguaçu.

No litoral do Ceará

Canoa Quebrada fica a 3° da linha do Equador: praticamente, é verão o ano todo. A origem deste pequeno paraíso remonta a 1650, quando foi fundado o município de Aracati, distante 165 quilômetros de Fortaleza. A fama do local, porém, veio bem mais tarde, nos anos 1960, com grupos de hippies que se apaixonaram pela praia.
A paisagem é dominada por dunas e falésias avermelhadas. Reza a lenda que, nos anos 1960, cineastas franceses invadiram a Vila de Canoa Quebrada, em busca de novas locações. Um membro da equipe, muçulmano, quis se redimir dos muitos “pecados noturnos” e passou a esculpir luas e estrelas (um dos símbolos do Islamismo) nas falésias: hoje, as esculturas são um dos pontos turísticos que atraem os viajantes.
À noite, turistas e locais se reúnem, embalados pelos sons do reggae, na Rua Broadway, uma referência à vocação cinematográfica de Canoa Quebrada (além dos filmes franceses, “A Bella Dona, filme de Bruno Barreto rodado em 1997, teve a vila como paisagem).
 A lua e a estrela em uma das falésias de Canoa Quebrada.
A lua e a estrela em uma das falésias de Canoa Quebrada.

Região de serras

A Chapada Diamantina, protegida por um parque nacional, fica no centro da Bahia. No território, ficam as nascentes dos rios Paraguaçu, Jacuípe e das Contas, que brotam nos cumes das montanhas e despencam em cachoeiras cheias de Sol.
O parque nacional abrange 24 cidades baianas, sendo as principais: Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara. A região é caracterizada pela mata Atlântica, com toques de caatinga e de cerrado. O nome é derivado da descoberta de jazidas de ouro e diamantes no rio das Contas e no rio Mucugé, no início do século XVIII, que atraiu bandeirantes – e, na sequência, comerciantes, colonos e jesuítas.
Chapada-Damantina
A Chapada Diamantina apresenta 50 espécies nativas de orquídeas, bromélias e trepadeiras. Algumas espécies animais atualmente em extinção, como o tatu-canastra, porco-espinho e tamanduá-bandeira, podem ser avistados na região, ao lado de gatos-do-mato, porcos-espinho, capivaras e muitas cobras e pássaros.
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