Quem foi Maria Madalena?
02 de abril de 2006
Juan Chapa
Os evangelhos nos fornecem poucos dados. Lc. 8,2 diz-nos que, entre as mulheres que seguiam Jesus e o assistiam com seus bens, estava Maria Madalena, ou seja, uma mulher chamada Maria, que era originária de
Migdal Nunayah,
Tariquea em grego, uma pequena povoação junto ao lago da Galiléia, a 5,5 km ao norte de Tiberíades. Dela Jesus havia expulsado sete demônios (Lc. 8,2; Mc. 16,9), o que equivale dizer “todos os demônios”. A expressão pode ser entendida tanto como uma possessão diabólica quanto como uma doença do corpo ou do espírito. Os Evangelhos sinópticos a mencionam como a primeira de um grupo de mulheres que contemplou, de longe, a crucificação de Jesus (Mc. 15, 40-41 e par.) e que permaneceu sentada em frente ao sepulcro (Mt 27,61), enquanto sepultavam Jesus (Mc. 15,47). Assinalam que, na madrugada do dia depois do sábado, Maria Madalena e outras mulheres voltaram ao sepulcro para ungir o corpo com os perfumes que haviam comprado (Mc 16, 1-7 e par); é, então, que um anjo lhes comunica que Jesus havia ressuscitado e as encarrega de levarem a notícia aos discípulos (cf. Mc. 16, 1-7 e par). São João apresenta os mesmos fatos com pequenas variações. Maria Madalena está junto à Virgem Maria ao pé da cruz (João 19,25).
Depois do sábado, quando ainda era noite, ela se aproxima do sepulcro, vê a pedra afastada e avisa Pedro, pensando que alguém tinha roubado o corpo de Jesus (João 20,1-2). Voltando ao sepulcro, enquanto chora, encontra-se com Jesus ressuscitado que a encarrega de anunciar aos discípulos a Sua volta ao Pai (João 20,11-18). Esta é a sua glória. Por isso, a Tradição, na Igreja Oriental, a chamou de
isapóstolos “igual a um apóstolo” e, na Igreja Ocidental,
apostola apostolorum “apóstolo dos apóstolos”. Uma tradição do Oriente diz que ela foi enterrada em Éfeso e que suas relíquias foram levadas para Constantinopla no século IX.
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