PINTORES QUE SÓ FORAM RECONHECIDOS APÓS A MORTE
Às vezes, alguns artistas estão bem à frente de seu tempo e, como resultado, seus trabalhos deslumbrantes simplesmente não são tão reconhecidos durante a vida. Você vai ver agora 8 pintores espetaculares que, embora hoje sejam considerados alguns dos mais importantes da história da arte, não tiveram o reconhecimento merecido em vida.
Hoje em dia, o trabalho de Van Gogh é um dos mais valiosos e mais procurados do mundo. Em 1990, o quadro O Retrato de Dr. Gachet foi vendido por nada menos que 82 milhões de dólares (mais de 250 milhões de reais), e foi uma das pinturas mais caras já vendidas em toda a história da arte.
No entanto, durante sua vida, Van Gogh foi um artista pobre e falido. Ele criou mais de 2 mil obras, mas vendeu apenas duas quando ainda estava vivo. Sofrendo de doenças mentais e deprimido pela falta de reconhecimento, Van Gogh cometeu suicídio aos 37 anos.
Seu estilo pós-impressionista, repleto de movimento, emoção e vitalidade, não era popular quando estava vivo, mas influenciou muitos artistas que vieram décadas depois. Suas obras continuam sendo algumas das mais vistas e importantes da arte moderna.
2. El Greco (1541-1614)
Domenikos Theotokopoulos, ou El Greco, como era conhecido, não foi um artista bem-sucedido em vida. Nascido em Creta, ele estudou em Roma e Veneza antes de se estabelecer em Toledo, na Espanha, onde fez algumas de suas pinturas mais conhecidas para a família real espanhola.
Ele trabalhou durante toda a vida e viveu confortavelmente como artista, mas foi amplamente criticado por profissionais e críticos de arte. As obras que ele pintou para a família real desagradaram o rei, e isso fez com que ele perdesse todas as esperanças de se tornar um pintor da corte.
Seu trabalho foi muitas vezes rejeitado e ignorado dentro da comunidade artística. Somente a partir do século 19 que seu trabalho finalmente começou a ter a atenção que merecia. Ele se tornou uma inspiração para os artistas que impulsionariam os movimentos expressionistas e cubistas, que se espelhavam nas composições dramáticas de El Greco, com suas figuras estranhamente alongadas e distorcidas.
No final do século XIX e início do século XX, artistas espanhóis divulgaram as obras do pintor pelo país. Hoje, críticos e artistas o consideram um gênio e pioneiro artístico.
3. Henry Darger (1892-1973)
Darger foi um escritor e artista americano que hoje é amplamente conhecido por suas histórias de fantasia, seus desenhos e aquarelas. No entanto, durante a vida, seus trabalhos não receberam a atenção que realmente mereciam.
Este artista recluso era autodidata, e seu estilo contemporâneo simplesmente não era apreciado ou reconhecido na época. No entanto, após sua morte, o trabalho de Darger foi elogiado pela composição e a forma brilhante de usar as cores. Atualmente, ele é considerado por muitos como um dos maiores representantes da arte bruta. Seu trabalho hoje em dia vale, no mínimo, 750 mil dólares, cerca de 2,3 milhões de reais.
4. Johannes Vermeer (1632-1675)
Confira qualquer texto de história da arte moderna e você encontrará página após página dedicada a este pintor barroco holandês. No entanto, Vermeer nem sempre foi a estrela que é hoje. Durante sua vida, ele era respeitado como artista, mas nunca conseguiu muita riqueza ou o reconhecimento que realmente merecia.
Seu tratamento magistral sobre a cor e o leve cuidado sobre assuntos em seu trabalho o trouxeram grande prestígio nos Países Baixos durante sua vida, mas, após sua morte, ele permaneceu esquecido por quase dois séculos.
Os historiadores da arte Waagen e Thore-Burger publicaram um ensaio sobre ele no século 19, e somente então seu trabalho ressurgiu no mundo da arte. Hoje em dia, o número limitado de obras que ele criou (apenas 34) e seu alto nível de habilidade o tornam um dos artistas mais procurados do mundo.
Claude Monet pode ter sido uma figura-chave no movimento impressionista que transformou a pintura francesa na segunda metade do século 19, mas seu estilo e filosofia únicos nem sempre foram bem vistos ou compreendidos.
Sua extensa carreira se caracteriza pela representação da paisagem e das atividades de lazer de Paris e seus arredores, bem como a costa da Normandia. Ele liderou o caminho para o modernismo do século XX, desenvolvendo um estilo único que se esforçou para capturar em tela o próprio ato de perceber a natureza.
Suas obras foram rejeitadas pela sociedade e exposições de arte, pois ele foi contra o estilo tradicional dos método de pintura na época. Hoje em dia, se você quiser colocar as mãos em uma pintura de Monet, terá que desembolsar de 7 a 81 milhões de dólares, cerca de 21 a 240 milhões de reais.
6. Paul Gauguin (1848-1903)
Considerando a estreita amizade de Gauguin com Van Gogh, não deve surpreender que ambos tenham compartilhado um destino semelhante no mundo da arte durante suas vidas. Hoje, podemos observar o trabalho de Gauguin como um dos iniciantes do movimento simbolista, abrindo o caminho para novos estilos artísticos e pintores famosos que vieram posteriormente. No entanto, durante sua vida, Gauguin sempre esteve um pouco fora dos movimentos artísticos e nunca recebeu críticas positivas por seus trabalhos. Ele recusou uma vida próspera como corretor para viver uma vida solitária na Oceania, onde ficou até a sua morte.
No entanto, ele não encontrou o paraíso que idealizava e nem o sucesso que tanto desejou como artista. Seu trabalho foi apreciado por poucos e chegou até a ser ridicularizado em uma exposição pós-impressionista em Londres, em 1910.
A partir da década de 1940, seu trabalho começou a ter algum sucesso generalizado no mercado e foi apreciado por uma audiência mais ampla. Hoje em dia, seu trabalho está entre alguns dos mais caros da arte moderna e poucos críticos ridicularizam seu trabalho.
7. Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)
Toulouse-Lautrec foi um pintor francês que criou obras de arte inovadoras durante o movimento pós-impressionismo, mas ele não recebeu nenhum reconhecimento por seu trabalho em vida.
Ele passou grande parte da sua vida em certa decadência, na era fin de siècle (fim do século, em francês) em Paris, o que é amplamente mostrado em seu trabalho. Suas pinturas provocativas capturaram a notável vida noturna parisiense, além de trabalhadores.
Toulouse-Lautrec era extremamente habilidoso em retratar pessoas, e suas pinturas costumavam se parecer mais com desenhos caracterizados por pinceladas longas e finas. Um dos motivos que o ignoravam era que ele passava algum tempo em bordéis, pintando prostitutas.
Depois de sua morte em 1901, sua mãe e um comerciante de arte começaram a promover seu trabalho, e até pagaram a um museu francês para abrigar as obras. Hoje em dia, os quadros valem alguns milhares de dólares.
8. Georges-Pierre Seurat (1859-1891)
Seurat foi um pintor francês pós-impressionista que é mais conhecido pela pintura Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (imagem acima).
Ele foi um artista de tendência, com uma abordagem mais científica para pintar, usando cores para conjurar certas emoções e sentimentos de harmonia. Ele criou sua obra de arte com base em certas técnicas usando linhas, várias cores escuras, quentes e frias em diferentes níveis de intensidade. Seurat até inventou o pontilhismo, uma técnica de pintura que usa pequenos pontos para formar imagens maiores. Esta técnica foi em grande parte ridicularizada pelos críticos.
Somente após a sua morte que seu estilo criativo e técnica singular de pintura receberam o reconhecimento que merecem. Seu trabalho agora é vendido por milhões de dólares.
Fontes: webdesignschoolsguide e onlineuniversities
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