HOJE É DIA DO IMIGRANTE

HOJE COMEMORA-SE O DIA DO IMIGRANTE


25 de Junho


Imigrante, é a pessoa que mora em um país que não é aquele em que nasceu. E o seu dia é comemorado em 25 de junho.
Quando um país, por um motivo qualquer, necessita que indivíduos de outras nações venham a oferecer sua força de trabalho e, estes, por sua vez, não têm como efetuá-la em seu próprio lugar de origem, buscando exercê-la em outras terras, nos vemos diante de uma situação social propícia à imigração. Existem outros fatores que levam uma pessoa a imigrar: oportunidade de fazer cursos, espírito de aventura, fome, guerras, motivos políticos, entre outros.
No Dia do Imigrante, destacamos esses homens e essas mulheres que deixaram seus países de origem e escolheram o Brasil como pátria, contribuindo e acrescentando culturalmente ao nosso povo.
A imigração sempre aconteceu e continuará acontecendo em todos os cantos do planeta. No mundo globalizado em que atualmente vivemos, onde as nações estão praticamente interligadas cultural e economicamente, via internet, via satélite, é quase impossível não convivermos com o estrangeiro, com filosofias diferentes e outras realidades.

O Brasil e os imigrantes

Certamente você tem amigos que possuem características físicas e culturais diferentes daquelas que são comuns aos brasileiros. Diariamente, convivemos com representantes de diversos povos do mundo inteiro, e seus descendentes, que um dia chegaram ao Brasil, trazendo seus costumes, suas crenças e suas idéias.
Italianos, poloneses, russos, portugueses, árabes, africanos, japoneses. Se fôssemos destacar a história de cada um dos povos que imigrou para o nosso país, teríamos assunto para vários meses. Por isso, optamos por citar alguns deles.

Os portugueses

Entre 1900 e 1915, a emigração na Europa foi intensa. Só de Portugal saíram 270.000 pessoas. O país mais procurado não era o Brasil que só se tornou destino de milhares de portugueses a partir de 1853. Até 1930, representavam 29% da imigração no Brasil. Aqui chegaram, se estabeleceram principalmente nas fazendas de café. Mas, na primeira oportunidade seguiram para as cidades e abriram pequenos negócios como padarias, mercearias e serralherias.

Os japoneses

Em fins do século XIX, enfrentavam, no Japão, graves problemas econômicos e sociais, como altos impostos, violento processo inflacionário, queda de preço dos produtos agrícolas, aumento demográfico, sobretudo nas zonas rurais, e conseqüente miséria no campo. O governo japonês começou a procurar parcerias para minimizar as tensões sociais, facilitando a emigração (saída do país) para quem desejasse.
Na parceria com o Brasil, o então presidente Floriano Peixoto possibilitou essa imigração, sancionando em 05 de outubro de 1892 a lei no 97, sob pressão de fazendeiros de café. Se por um lado, o Japão precisava fomentar a emigração, o governo brasileiro, por sua vez, necessitava de mão-de-obra para a sua agricultura.
A suspensão da migração de colonos italianos, no estado de São Paulo, por exemplo, provocou uma profunda falta de braços na lavoura, aumentando o interesse dos fazendeiros locais pelos trabalhadores japoneses. Proibidos de entrar na Austrália, discriminados nos Estados Unidos, perseguidos no Canadá e limitados no Hawai e Ilhas do Pacífico, encontraram nas fazendas paulistas melhores possibilidades.
Os alemães: constituem, aqui no Brasil, a segunda maior comunidade alemã abrigada fora da Alemanha no mundo, com 300 mil imigrantes.
Eles chegaram ao Estado do Rio Grande do Sul em 1824, antes da Revolução Farroupilha e dois anos após a proclamação da independência, se instalando na Feitoria de Linho Cânhamo, Colônia que deu origem à cidade de São Leopoldo.

Os italianos

Trouxeram, além da força de trabalho para a lavoura de café e para a indústria, idéias anarquista e socialistas.
Os imigrantes da Itália se concentraram na indústria paulista e ocasionaram, com sua forma de pensar, muitas greves, crises políticas e formação de sindicatos.

Nações desenvolvidas: Quem entra

Em meados deste século, a imigração de pessoas de países subdesenvolvidos para nações desenvolvidas aumenta consideravelmente. De 1960 a 1989, o movimento totaliza 24,5 milhões. As regiões mais procuradas são América do Norte e Europa Ocidental. Conforme documento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse fluxo se estabiliza na década de 90.
Hoje em dia, a imigração por razões familiares (de parentes de imigrantes já instalados) é predominante em países industrializados. Também ganha força a imigração de mão-de-obra especializada, por causa da expansão do comércio internacional, do crescimento das empresas multinacionais e do intercâmbio de conhecimento. Trabalhadores especializados são aqueles indivíduos que possuem nível universitário ou uma experiência muito grande em determinada área.
O aumento do desemprego, no entanto, registrado a partir dos anos 70, vem criando resistência à imigração. Com isto, leis mais rígidas de imigração vêm sendo praticadas, como a Lei Débret, aprovada na França em 1997, e a Lei de Responsabilidade pela Imigração, que entrou em vigor nos EUA no mesmo ano.
De acordo com a ONU, cresce a porcentagem de países que adotam políticas antiimigratórias. Em 1976, era de 6%, passando para 32%, em 1989.

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