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  • Viver de mal com a vida aumenta a probabilidade de infartos

    Ter um sistema cardiovascular fora de forma compromete o humor

    Atualizado em 29/05/2013
    Reportagem: Theo Ruprecht / Edição: MdeMulher
    Conteúdo Saúde
     

    Emoções afetam o coração, e vice-versa
    Foto: Getty Images
    A ciência já deixou claro que o verdadeiro órgão dos sentimentos é o cérebro, e não o coração - embora este ainda seja o principal símbolo do amor. Mas isso não quer dizer que o músculo mais fundamental do corpo esteja imune às emoções. "Hoje, sabemos que a mente influencia na saúde cardiovascular. E o inverso também é verdadeiro", enfatiza o cardiologista Maurício Wajngarten. Esse médico, aliás, fundou recentemente o grupo de estudos em cardiologia comportamental da Sociedade Brasileira de Cardiologia para fomentar pesquisas nesse campo. Um dos principais focos é a depressão, até porque, como destaca uma revisão da Universidade Médica Charité, na Alemanha, são muitos os motivos pelos quais esse distúrbio psiquiátrico pode afetar o peito.
    "O organismo de um deprimido é um organismo estressado como um todo", aponta a psicoendocrinologista Linn Kühl, autora do levantamento. É como se ele se defendesse ou tentasse fugir a todo momento de uma ameaça que não existe. Assim, a exemplo de um mecanismo em que mexer com uma única peça abala todas as demais, a pressão sanguínea se eleva e os batimentos cardíacos vão às alturas, dois fatores que catapultam os riscos dos perigosos infartos.
    A tristeza profunda ainda desregula os níveis de cortisol na circulação. Em excesso, esse hormônio promove a liberação de substâncias inflamatórias, como a interleucina 6. Elas, por sua vez, danificam o coração e patrocinam coágulos e placas de gordura, capazes de entupir as artérias. "Altas taxas de cortisol também estimulam o aumento da glicose no sangue", diz Renério Fráguas Júnior, psiquiatra da Universidade de São Paulo. Se um cenário desses não é revertido, abre-se a porta para o diabete, doença com potencial para lesar os vasos.
    "Apesar de todos os motivos fisiológicos, dá para especular que em torno de 60 a 70% dos problemas cardíacos decorrentes da depressão têm a ver com o impacto dela no cotidiano", alerta Wajngarten. Em outras palavras, o indivíduo com esse transtorno costuma abandonar hábitos saudáveis - comer bem, fazer exercícios ou dormir o suficiente. E nem precisamos falar da importância dessas atitudes para que o baticum se mantenha firme e forte.
    Outros estados emocionais além da melancolia extrema, quando igualmente intensos, também acarretariam prejuízos ao coração. "A irritação prolongada predispõe a males cardiovasculares. Tanto que os deprimidos com ataques de raiva podem ter maior risco para essas enfermidades", constata Fráguas Júnior. Ansiedade e pânico estão entre outras ameaças ao peito.
    "Entretanto, devemos ressaltar que, dependendo da situação, determinadas emoções tidas como negativas são normais e até importantes", contrapõe Danielle Watanabe, psicóloga do Instituto do Coração, na capital paulista. "A tristeza após o diagnóstico de uma doença séria, por exemplo, é vital para repensar hábitos. Portanto, não deve ser vista como uma inimiga", conclui. Daí a importância de consultar especialistas que auxiliem a pessoa a lidar com esses sentimentos da melhor forma possível.
    Vale lembrar que estamos diante de uma via de mão dupla. Ou seja, panes no coração, por sua vez, têm a capacidade de perturbar o bem-estar. "Só para citar dois casos, a insuficiência cardíaca e a hipertensão aos poucos diminuem o fluxo sanguíneo em regiões do cérebro", explica Wajngarten. Essa carência de líquido vermelho na massa cinzenta culmina em estragos nos neurônios, que causam desânimo, irritação... Sem contar a hipótese de que as substâncias inflamatórias geradas por algumas dessas encrencas do órgão que bombeia sangue migrariam para a cabeça e, uma vez ali, elas destrambelhariam áreas responsáveis pelas emoções.
    As próprias limitações vindas de um infarto, aliás, podem ser o estopim para a depressão. "Alguns pacientes não conseguem se locomover como antes e necessitam de auxílio para realizar tarefas do dia a dia", atesta Danielle. Essas restrições, claro, despertam o sentimento de contrariedade. "É por isso que programas de reabilitação cardíaca, ao devolverem parte da independência do sujeito, estão associados a uma melhora no humor", arremata Fráguas Júnior.
     
    O melhor remédio é a esperança
    A crença de que as coisas vão dar certo preserva o bem-estar e o peito ao mesmo tempo. Embora os experts ainda investiguem razões para isso, o pensamento positivo no mínimo dá um gás extra para enfrentar os desafios sem desanimar ou cair em depressão. Tomando o cuidado, claro, de fugir da armadilha do otimismo cego e exagerado - esse, sim, capaz de gerar decepções no futuro.

    FONTEWWWMDEMULHER.ABRIL.COM



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