Hoje é o dia Internacional do Combate à Pobreza.

gestão de um negócio comunitário. Casos de sucesso, como os grupos de panificação e costura, na Vila Brasilândia, garantem uma renda mensal a pessoas que viviam em situação de risco social.

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Por Diogo Silva 


Em 1992, a Assembléia Geral da ONU, acolhendo o fato de que certas organizações não-governamentais observaram o dia 17 de outubro como o Dia Mundial de Combate à Pobreza, oficializou a data como o Dia Internacional de Combate à Pobreza, com o objetivo de promover a conscientização da necessidade de erradicar a pobreza e a miséria em todos os países, em particular naqueles em desenvolvimento.

Os esforços do governo federal, somados a ações de organizações da sociedade civil, resultaram em uma queda da pobreza, no país, de 50,64%, entre dezembro de 2002 e dezembro de 2010, de acordo com uma pesquisa realizada pela FGV. Vamos conhecer, a seguir, algumas iniciativas que vem contribuindo para a redução da desigualdade social em nosso país.

Economia Solidária – O Programa Mulheres de Talento, uma iniciativa da Fundação Stickel em parceria com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Senai, tem como objetivo a criação de grupos de geração de renda por meio da capacitação de pessoas para a 
arca de eletrodomésticos Consul também apóia projeto de geração de renda, atuando em duas frentes: com o Programa Usinas do Trabalho, cujo objetivo é fortalecer a atuação de instituições parceiras que já trabalham com o incentivo à geração de renda em pequenos empreendimentos e o programa Mulher Empreendedora, com a finalidade de assessorar mulheres de baixa renda a gerar recursos. As ações desenvolvidas desde 2002 já beneficiaram 25 mil pessoas em diversas localidades do país. No momento, são 155 empreendimentos assessorados pelo Consulado em 10 estados brasileiros.

Bancos Comunitários - De acordo com a definição formulada no II Encontro da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, realizado no ano de 2007 em Iparana, no Ceará, Bancos Comunitários são “serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da economia solidária. Seu objetivo é promover o desenvolvimento de territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de produção e consumo, baseado no apoio às iniciativas de economia solidária em seus diversos âmbitos, como: empreendimentos socioprodutivos, de prestação de serviços, de apoio à comercialização (bodegas, mercearias, mercadinhos, lojas e feiras solidárias), organizações de consumidores e produtores”.

A experiência de sucesso do Banco Palmas, criado em 1998 na periferia de Fortaleza, no Ceará, serve de modelo para a criação de iniciativas semelhantes. O projeto foi concebido para gerar trabalho e renda aos moradores na própria comunidade, cerca de 30 mil, em vista do fato de que muitos começaram a vender suas casas e a ocupar outras regiões por não terem como pagar as taxas de água, esgoto, energia elétricas, IPTU, entre outras.

Foi criado, então, um sistema econômico que conta com uma linha de microcrédito alternativo para produtores e consumidores, instrumentos de incentivo ao consumo local, como cartão de crédito e moeda social circulante, chamada de Palmas, além de novas formas de comercialização, em feiras e lojas solidárias, promovendo de maneira local a geração de emprego e renda para diversas pessoas.

Após 10 anos de atuação do banco, o Ministério do Trabalho solicitou uma pesquisa à Universidade Federal do Ceará sobre o seu impacto no Conjunto Palmeira. O estudo constatou que 26% dos entrevistados aumentaram a renda familiar devido à ação do Banco Palmas, 22% conseguiram emprego por meio dele e 90% declararam que a iniciativa colaborou para a melhoria de sua qualidade de vida.

Empresas Sociais - Entre os diversos tipos de organização que uma iniciativa pode escolher para desenvolver os seus negócios está o modelo de “empresa social”. Elas são definidas, de acordo com o Social Enterprise London, entidade inglesa que atua no apoio ao desenvolvimento de empresas sociais em Londres, como “empresas criadas para combater alguma necessidade social ou ambiental, que reinvestem os lucros na própria organização com o objetivo de aprofundar o seu impacto social, ao contrário de negócios típicos caracterizados pela venda de produtos e serviços visando apenas o ganho financeiro”.

No Brasil já é possível observar o funcionamento de sucesso de alguns empreendimentos sociais, como a Rede Artemísia, que oferece formação em negócios sociais, com foco no desenvolvimento de competências tanto para a gestão do negócio como para o entendimento da dinâmica e das necessidades das comunidades de baixa renda, a Rede Tekoha, que atua com o comércio de produtos artesanais, no ramo de brindes corporativos sustentáveis e a Ecossistemas, com projetos de capacitação de técnicos de cooperativas e produtores rurais em boas práticas agrícolas com base nas normas da Rede de Agricultura Sustentável. 


wwwressoar.org.br

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